Mas parece que só nos lembramos da morte quando há famosos ou mortes em massa.
Há tragédias que nos tocam mais que outras. Aquelas que, quer pela situação, quer pelo nosso estado de espírito nos afetam mais profundamente.
A sua vitória foi a sua perdição. Se aquele último jogo não tivesse sido vencido, a tristeza que vivem agora não seria tão profunda e possivelmente as lágrimas dos adeptos e familiares não teriam tanto significado.
Ás vezes as nossas derrotas são, na verdade, vitórias.
Edward Hopper é considerado um dos pintores americanos mais importnates do século XX, e o quadro Nighthawks, em cima, um dos meus favoritos, é uma das obras mais referênciadas da cultura pop e também a obra mais conhecida do artista.
Ao focar-se no protagonista da cena, o restaurante, começamos por entender a necessidade do pintor de colocar as suas figuras encapsuladas entre janelas. O objectivo é que o olhar se perca. É costume dizer-se que nos quadros do Hopper algo vai acontecer, está a acontecer ou já aconteceu. Só isso explica a forma perdida como estes humanos parecem perdidos, com a sua atenção presa num limbo entre passado e presente, tédio e ação.